Os professores da rede municipal paralisaram as atividades nesta terça-feira, 04, em sinal de protesto pela retirada do adicional por tempo de serviço de todos os profissionais, que em alguns casos chegam acumular perdas de até R$ 1.000,00 (mil reais). Eles tentam reaver esse direito.
No final da tarde de hoje, os educadores realizaram uma passeata pelas ruas de Jeremoabo com o objetivo de conscientizar a população da necessidade do protesto, bem como para pedir apoio aos pais e alunos para uma causa que para eles é considerada justa.
O Coordenador do Núcleo da APLB de Jeremoabo, João Batista, que esteve na parte da manhã na Câmara de Vereadores juntamente com os professores, pediu apoio aos membros da Casa Legislativa. “Ficou decidido no sábado passado em assembleia que tomaríamos as medidas cabíveis pela posição adotada pelo Executivo, que julgamos infundada e impensada. Ficou decidido que tomaríamos três posições: entrar com um mandado de segurança para reaver o tempo de serviço da categoria; entrar com uma representação no Ministério Público pedindo uma investigação de como está sendo gasto o dinheiro do FUNDEB e a terceira uma paralisação para pedir apoio do Legislativo”.
Para a professora Izaildes Santana, que também faz parte da diretoria da APLB local, essa paralisação não prejudicará os alunos que ainda estão dependendo das aulas de recuperação. “Uma mãe me perguntou se o filho dela iria ficar prejudicado com a paralisação e eu disse a ela que não se preocupasse. Se tivermos que continuar a luta, seu filho não será prejudicado. Antes de começar o ano letivo de 2013 seu filho terá as aulas recuperadas”, prometeu Izaildes.
O Secretário de Municipal Educação, Josemar Muniz, informou que não compareceu à câmara na parte da manhã porque o que ele tinha para falar já havia falado durante a Audiência Pública realizada anteriormente. Com relação ao imbróglio do adicional de tempo de serviço, Josemar pontuou que essa questão precisa ser discutida com o Prefeito Pedro Bonfim. “Eu já discuti com a classe através do sindicato, através da Audiência Pública. Ontem estive com o gestor municipal explicando a situação… Hoje eu vejo um caminho, se foi tirado um direito assegurado eu acho que o caminho é a Justiça. Para mim é muito complicado, eu como professor, como representante da classe, e também como tenho cargo de confiança do Gestor, mas como eu dizia ao sindicato, esse dinheiro que está sendo retirado ele não pode se perder. Acho que deve ser criada uma comissão para que esse dinheiro seja englobado no salário base”.
O Secretário disse ainda que se sentiu surpreso com a paralisação, justamente no momento em que havia encontrado uma solução para resolver os problemas do transporte escolar, e de certa forma vê certo comprometimento na finalização do ano letivo caso o movimente continue.
No final da tarde, os professores decidiram que retornarão às escolas, mas não ministrarão aula até que haja algum acordo.
Fonte: Jeremoabo Agora
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