Contrariando o ditado segundo o qual “onde há fumaça há fogo”, o ministro das Cidades Mário Negromonte disse nesta quinta-feira, 5, que a enxurrada de denúncias surgidas no ano passado na sua pasta teria sido apenas “uma indústria de fumaça”. Negromonte participou nesta manhã, em Salvador, da solenidade de posse do deputado federal Rui Costa (PT-BA) no cargo de secretário-chefe da Casa Civil do governador Jaques Wagner.
Brincando, comentou que iria receber um troféu da imprensa pelo fato de as denúncias publicadas não terem até o momento se comprovado. “As denúncias não vingaram. Não tem nada do Ministério Público, do TCU, da Controladoria Geral da União. Zero”.
Ele voltou a atribuir as denúncias a “fogo amigo” e ao fato do Ministérios da Cidade contrariar “interesses”. Esses interesses seriam nas áreas de mobilidade urbana, habitação e saneamento. “Tem gente de todo o canto (interessada na pasta). É gente do PMDB, do PT, de todos os partidos. Menos do Planalto”, declarou, fazendo questão de enfatizar ter conversado com os principais interlocutores da presidente Dilma Rousseff, a ministra das Relações Institucionais Ideli Salvati, a ministra-chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann e o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
“Eles me disseram que não existe nada de parte do governo contra o ministério e a minha pessoa”, declarou, garantindo que ninguém do governo lhe falou sobre uma eventual substituição na pasta e tampouco que o PP iria perder o Ministério das Cidades numa suposta reforma ministerial. Conforme Negromonte, a mesma garantia foi dada ao presidente nacional do PP, o senador Francisco Dornelles (RJ).
Sorridente, nem de longe o ministro lembrou a expressão tensa que estava no final de novembro, quando participou na capital baiana do lançamento de obras do Minha Casa Minha Vida. Ele chegou a chorar devido à pressão causada pela denúncia de ter ocorrido uma suposta fraude no projeto de mobilidade urbana de Cuiabá (MT) para a Copa de 2014. Na ocasião recebeu a solidariedade do governador Jaques Wagner e disse que não ter “apego” nem fica “de joelhos” por cargos.
Fonte: A Tarde
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