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Emprego com carteira perde fôlego na Bahia


 A geração de empregos com carteira assinada perdeu fôlego na Bahia. No ano passado, a economia baiana gerou 76.041 postos de trabalho formais, o que representa uma redução de 37,9% em relação à criação recorde de vagas vista em 2010 – um total de 122.410 empregos celetistas. No Nordeste, a Bahia foi superada por Pernambuco, que abriu quase 90 mil novas vagas em 2011. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça, 24, pelo Ministério do Trabalho.

De acordo com o Caged, o setor de serviços foi responsável por quase metade das novas vagas formais criadas na Bahia em 2011. Foram 36.447 postos celetistas. Em seguida aparecem o comércio (16.610), construção civil (8.587) e a indústria de transformação (5.685). O desempenho mais fraco foi o da administração pública: apenas 852 novos empregos.

A piora do desempenho do emprego na Bahia foi acentuada no mês passado, quando o saldo ficou negativo em 15.069 vagas, com destaque para os setores da construção civil (-5.068) e indústria de transformação (-4.667).

Outros estados - Em todo o Brasil, foram gerados, no ano passado, 1.944.560 postos de trabalho formais, o que representa uma redução de 23,5% em relação ao exercício anterior. O aumento dos juros e a adoção de medidas para travar o crédito, adotadas no início de 2011, tiveram um efeito retardado sobre o mercado de trabalho formal, fazendo com que o setor perdesse o ritmo de crescimento ao final do primeiro ano do governo Dilma Rousseff. Além disso, a piora da crise mundial contribuiu para que o País não chegasse nem a 2 milhões de novas vagas e atingiu em cheio setores vulneráveis ao comércio externo, como calçados e têxteis. Mesmo assim, 2011 é o segundo melhor resultado da história.

A desaceleração da abertura de postos foi generalizada em todas as regiões brasileiras, assim como em todos os setores de atividade na comparação com 2010. O baque mesmo foi sentido no setor de confecções, que, ao longo do ano, mais demitiu do que contratou funcionários. O governo já se deu conta do problema e prometeu lançar medidas que incentivem especificamente o setor.

Para o Ministério do Trabalho, o resultado negativo no último mês do ano, quando foram fechadas mais de 408 mil vagas, é uma soma de vários fatores, como entressafra agrícola, término do ciclo escolar e até esgotamento da “bolha de consumo”.

"Os números do Caged mostram o efeito defasado das medidas macroprudenciais para conter o crescimento do crédito, assim como a elevação dos juros”, afirmou o economista da LCA Fabio Romão.

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