Quinze pessoas morreram de dengue este ano na bahia. A possibilidade de epidemia preocupa a população.
No bairro do Calabetão, em Salvador, as crianças brincam em uma das estruturas construídas para o metrô.
A construção é alta e cheia de buraco. E mais do que o risco de um acidente, o que preocupa os moradores é a água que se acumula nesses buracos e pode virar um criadouro do mosquito da dengue.
“Já liguei para diversos órgãos e eles dizem que vem hoje, amanhã. Dizem que vão resolver e coisa e tal, mas é só conversa”, explica Helenilson Lopes, morador da região.
A preocupação faz sentido. Um estudo feito pelo Ministério da Saúde aponta a Bahia entre os estados brasileiros com risco muito alto de epidemia de dengue no próximo verão, por ser um local quente e onde há mais dois tipos diferentes de vírus se desenvolvendo ao mesmo tempo.
Antes apenas vírus dois e três circulavam na Bahia. Agora há o tipo um, que voltou depois de vinte anos, e o tipo quatro, que apareceu pela primeira vez este ano no estado. O diretor e pesquisados da Fiocruz explica que a chegada de dois novos tipos de vírus deixa a população mais exposta.
“Na Bahia poucos indivíduos foram expostos ao tipo A. Isso significa que os indivíduos que tiveram uma infecção ao sorotipo 2, 3 e 1 no passado e se infectaram com o sorotipo 4 tem um maior risco de ter dengue hemorrágica”, explica o diretor e pesquisador da Fiocruz, Mitermayer Reis.
O último boletim divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde mostra que este ano foram notificados cerca de 48 mil casos da doença. Quinze pessoas morreram. Em todo o ano passado foram 58 mil casos, com 35 mortes. Os municípios com maior índice de infestação do mosquito são Salvador, Feira de Santana, Guanambi, Ilhéus, Itabuna, Irecê, Jequié, Porto Seguro, Senhor do Bonfim e Teixeira de Freitas.
“Cada município tem seu número de agentes comunitários, que visitam a suas residências a cada mês e tenta informar a população de como deve estar fazendo o controle em seu município. Se formos analisar os nossos dados percebe-se que houve uma redução significativa. De qualquer forma a gente tem com essa mobilização a gente tem reduzido o numero de casos”, diz a Coordenadora Estadual de Vigilância Epidemológica, Maria Izabel Xavier.
Fonte: G1
Fonte: G1
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